segunda-feira, 14 de julho de 2008

Êxodo

Rumo à cidade em busca de trabalho,
Acorda cedo, faz o sinal da cruz e vai,
Seu ofício é servente de pedreiro,
Semana à semana, caso à caso,
Com os ímpios se engana e atura o descaso,
Penteia o cabelo, corta sua face,
Em meio a guetos, indústrias e sedes,
Ele renasce.
Só quer um momento ao sol,
Silêncio para sua meditação,
Levar mensagens de paz,
Ao trono da alienação.
Um dia esse homem ficou confuso,
Pois plantava e não colhia,
A cidade nada lhe oferecia.
A Jeová pediu proteção
E seguiu o velho testamento.
Deixou somente um bilhete,
Que jogou nas asas do vento:
“Esses homens desconhecem
o valor de uma amizade,
Nascem, vivem e morrem sozinhos
Por não terem humildade,
Jogam o peso de suas palavras
Para os outros magoar,
Esquecem o valor da vida
Esnobando todo dinheiro que podem gastar.
Minha fé é minha guia,
Única que não me trai,
Estou deixando a babilônia,
Indo para a terra de nosso pai.”

2 comentários:

Anônimo disse...

Rapha,

um blog re´pleto de poesia, é o que liga! Parabéns.

Sérgio Vaz

Anônimo disse...

Rapha,

um blog repleto de Poesia, é o que liga! Parabéns!

Na sintonia,

Sérgio Vaz