domingo, 5 de abril de 2009

Motoboy


Acordo cedo, pois minha vila,
Onde me escondo é muito longe,
Eu corto carros, sigo avenidas,
Ando nas pontes. Anjo do asfalto,
Vejo do alto o seu endereço,
Eu sei o meu preço e posso pagar
Ouço buzinas e xingamentos,
Ônibus lentos. Tento passar,
Medo e sorte, vida e morte.
Paro e penso, vale a pena?
Sou destemido, ás vezes herói,
Cachorro louco, eu sou Motoboy.

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