quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Depressão


O suor escorre na testa,
As pupilas estão dilatadas,
O sangue ferve em meu corpo,
Arranco meus cabelos.

A porta está trancada,
Atrás dela está meu eu,
Que a muito tempo atrás,
Se perdeu.

O telefone toca,
Minhas mãos não alcançam,
Quando atendo desligo,
Me enforco,
Em meu próprio umbigo.

Água não basta,
Para afastar meus encostos,
Nem que fosse benta,
Ou batizada com frontal 60.

O dia amanhece,
Estou nu,
Ao meu lado,
O meu resto.
A minha própria impressão,
Tranfigurada em Alucinação.
Permanece em jejum,
Pesadelo incomum.
Estado de redenção.
Depressão.


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