quarta-feira, 15 de dezembro de 2010
Bashir
A cena não sai da cabeça,
O cheiro, o frio na barriga, o medo do pior,
E de saber de verdade o que aconteceu naquele dia,
Poderia ser inverno, verão, primavera,
Que seria do mesmo jeito e teria o mesmo cinza.
Eu não estava sozinho, e nem podia estar.
O tempo faz com que os detalhes sumam,
Dando lugar a relances criados pela imaginação,
Vai ser assim com tudo aquilo que ficar na memória.
A história toma rumos diferentes,
E assim se mantém em nossos subconscientes,
Vira um drama obscuro ao som de uma valsa solene.
Vira chama e nos chama para conversar,
Nos deixa cansados, induzidos a pensar,
Com a impressão de que nós não esquecemos,
Apenas não queremos mais lembrar.
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