O silêncio do subúrbio ecoa nas manhãs cinzentas.
Entre a massa surge a luz sobre os trilhos da CPTM.
Suor e síndrome do stress coletivo salinizam o ar.
Solene é aquele que entre os sóbrios consegue pensar.
Santos cegos e surdos sobrevoam insensatos o concreto.
Em um ritmo insano e selvagem de sobrevivência.
Sobre nossos ombros está a cruz suja dos soberbos,
Somos sacrificados sorrateiramente sem perdão.
Só me resta aceitar e satirizar esta nada cívica situação.
Sou um dos únicos seres conscientes em meu vagão.
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