quarta-feira, 20 de outubro de 2010

A seu favor, só você.



O vento ajuda quando sopra a seu favor,
Você pode tentar orar ou cantar um louvor,
Mas também tem que correr contra a tempestade,
Senão até os porcos te chamarão de covarde.


De parar o trânsito


Às vezes eu me perco,
Avaliando minhas ações,
Eu não sei se é instinto,
Essas segundas intenções.

Se te vejo desfilando,
Entro logo em tentações,
Imagino você nua,
São segundas intenções.

Minha mente entra em fuso,
Pois são muitas sensações,
Não se preocupe amor,
São só segundas intenções.


Na luta


Pronto para a próxima caminhada,
Sigo na estrada
Avisto em sonhos,
O que na verdade não vejo,
Desejo.
Uma meta para alcançar um dia,
Pois lutar,
Na verdade é dizer que estamos vivos
Na luta por objetivos.
Reais e perceptivos.


Depressão


O suor escorre na testa,
As pupilas estão dilatadas,
O sangue ferve em meu corpo,
Arranco meus cabelos.

A porta está trancada,
Atrás dela está meu eu,
Que a muito tempo atrás,
Se perdeu.

O telefone toca,
Minhas mãos não alcançam,
Quando atendo desligo,
Me enforco,
Em meu próprio umbigo.

Água não basta,
Para afastar meus encostos,
Nem que fosse benta,
Ou batizada com frontal 60.

O dia amanhece,
Estou nu,
Ao meu lado,
O meu resto.
A minha própria impressão,
Tranfigurada em Alucinação.
Permanece em jejum,
Pesadelo incomum.
Estado de redenção.
Depressão.


Tudo volta


A mão bate na pedra,
A pedra quebra a vidraça,
O vidro atinge teus pés,
Que tocam de leve o chão.
O chão treme e balança a água.
A água góta e esgota a fonte,
A fonte seca e te dá sede,
E a sede te dá raiva.
A raiva te faz brigar
O choro cai no chão,
O chão molha seus pés.
Seus pés escorregam.

Agora quem cai é você.

O que vai, volta
Mesmo que indiretamente.
Por isso...

Calcule bem seus movimentos,
Escolha bem seu caminho,

Para não ser o último.